quinta-feira, 6 de outubro de 2016

SEMINÁRIO ECONOMIA CIRCULAR E SUSTENTABILIDADE REÚNE GRANDES ESPECIALISTAS EM RESÍDUOS DO BRASIL E EXTERIOR




Encerrados os jogos Olímpicos e Paralímpicos, o Rio de Janeiro mostrou que o legado ambiental, que não chegou a tempo para os jogos, é possível e ainda está por vir. 

Pensar os caminhos para a sustentabilidade social, econômica e ambiental da cidade, passa, necessariamente, por um novo modelo de gestão de resíduos. Nesse sentido, uma das grandes apostas, no Brasil e no mundo, é a Economia Circular, tema de um grande evento, produzido pela MASTERPLAN, no dia 20 de setembro. 

O local escolhido não poderia ser outro, o Museu do Amanhã, importante palco do debate atual sobre a sustentabilidade do futuro que queremos. O auditório do Museu recebeu, neste dia, cerca de 450 pessoas, além especialistas do assunto, convidados da Índia, Espanha, Argentina e Inglaterra, além de outros estados do Brasil.

O evento foi uma realização da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, com parceiros como a Comlurb e a rede de megacidades C40 Cities Climate Leadership Group.

Por quê apostar na Economia Circular?

Pesquisas recentes mostram que 90% da matéria-prima que chega na indústria se transforma em lixo antes do produto deixar a fábrica, enquanto 80% dos produtos que consumimos são jogados fora antes de completar seis meses de vida. 

A conclusão é que vivemos num modelo insustentável e que precisa de novas formas para os governos, o setor produtivo e a sociedade lidarem com os desafios ambientais do milênio.

A Economia Circular surge justamente aí, desassociando o crescimento econômico do consumo de recursos. Uma alternativa para repensar o design, os custos de produção, o gasto energético e a própria relação dos consumidores, que passam a ser usuários dos produtos.

Se eu vou usar um computador por apenas 8 meses, para quê comprá-lo e depois precisar vendê-lo ou descartá-lo? Ao invés de ser um consumidor, eu passo a ser um usuário e usar apenas aquilo que eu necessito, com a melhor durabilidade possível.  Do outro lado, o resíduo deixa de existir quando cada produto é fabricado para que todos os seus componentes sejam aproveitados em cadeias produtivas definidas.

As análises mostram que a Economia Circular poderia gerar um salto na economia, ser uma grande fonte geradora de empregos, além de reduzir os custos de produção, o que pode ser muito atrativo também para o setor industrial.

Isso, entre várias outras mudanças que a Economia Circular propõe, não é algo difícil de ser aplicado. Pelo contrário: as experiências mostram que ela já é uma realidade crescente e os ganhos econômicos e ambientais valem os investimentos.

As palestras apresentadas no Seminário estão disponíveis para download em:  http://www.rio.rj.gov.br/web/smac/residuos-solidos (final da página)