Uma parceria entre a Masterplan e a secretaria de Meio Ambiente do Rio de Janeiro vem dando bons frutos na elaboração de materiais educativos voltados à temática dos resíduos.
Recentes pesquisas apontam que programas como esse vêm elevando a consciência dos brasileiros sobre o tema e são parte da engrenagem necessária para a implantação da Política Nacional de Resíduos Sólidos pelos governos locais.
De acordo com o coordenador do centro de
comunicação e educação ambiental da Masterplan, Maurício Brito, trata-se de uma
parceria que está dando certo porque trabalha a mudança de hábitos, aliando
educação ambiental a resíduos sólidos de forma a construir resultados práticos
e duradouros.
“A prefeitura do Rio está desenvolvendo
conosco um lindo trabalho neste sentido, com a produção de diversos materiais
como vídeos, jogos e cartilhas dentro da campanha Recicle seus hábitos”,
pontuou Brito.
Os materiais serão distribuídos nas
escolas da rede municipal e em parques públicos da cidade a partir do próximo
mês.
População está mais preparada
para ajudar, segundo pesquisa Cenatec e Projeto Escolas Sustentáveis
Como apontado pela pesquisa realizada no segundo semestre de
2015 pelo Cenatec - Centro de Assessoria em Resíduos Sólidos e Projeto Escolas
Sustentáveis, trabalhar a educação ambiental para o cumprimento da Política
Nacional de Resíduos Sólidos é item essencial no Brasil.
A pesquisa avaliou as perspectivas e ações dos cidadãos em
relação aos resíduos do consumo diário. Seus resultados demonstraram que grande
parte da população já está disposta e interessada em colaborar com a orientação
dos órgãos responsáveis, separando e acondicionando os resíduos corretamente.
Em relação à coleta seletiva, 95% das pessoas entrevistadas
disseram que fariam a separação em casa, caso fossem informados sobre os locais
e horários da coleta dos materiais recicláveis.
A pesquisa mostrou também que o grau de conhecimento e interesse da população em colaborar com a responsabilidade compartilhada pós consumo vem crescendo. Os dados mostram que a maioria dos entrevistados quer ver a logística reversa em funcionamento. A preocupação com a destinação ambientalmente correta de eletroeletrônicos, por exemplo, apontou a necessidade de mais locais especialmente criados para este fim, como os ecopontos (62%), ou a devolução para as lojas onde eles foram adquiridos (37%).
A pesquisa mostrou também que o grau de conhecimento e interesse da população em colaborar com a responsabilidade compartilhada pós consumo vem crescendo. Os dados mostram que a maioria dos entrevistados quer ver a logística reversa em funcionamento. A preocupação com a destinação ambientalmente correta de eletroeletrônicos, por exemplo, apontou a necessidade de mais locais especialmente criados para este fim, como os ecopontos (62%), ou a devolução para as lojas onde eles foram adquiridos (37%).
No entanto, pelos comentários feitos,
ficou claro que o problema ainda é a ausência destes ecopontos, de informações
claras sobre o descarte correto nos locais de compra e também a não
responsabilização dos geradores iniciais, isto é, a indústria e distribuidores
dos produtos embalados.
Em relação aos catadores, a pesquisa mostrou que inseri-los no processo de gerenciamento dos resíduos é algo
estratégico e importante para uma adesão em larga escala, já que há uma clara
disposição dos consumidores para colaborarem com os programas que promovam a
capacitação e organização dos catadores. Para 87% dos participantes, essas
cooperativas e associações realizam um trabalho indispensável para a reciclagem
e reintrodução de diversas matérias primas nas cadeias produtivas.
Como apontou a pesquisa, o estabelecimento
de políticas públicas de apoio e incentivo à gestão compartilhada de resíduos é
o caminho para a valorização dos trabalhadores e adesão dos consumidores aos
projetos implantados.
Veja mais informações sobre esta pesquisa
no boletim do EcoDebate Cidadania &
Meio Ambiente:
Jogo Destino Final, que mostra os diferentes destinos do lixo, para distribuição nas escolas
municipais do Rio de Janeiro. |