Encerrados os jogos Olímpicos e Paralímpicos, o Rio de Janeiro
mostrou que o legado ambiental, que não chegou a tempo para os jogos, é
possível e ainda está por vir.
Pensar os caminhos para a sustentabilidade social, econômica e ambiental da cidade, passa, necessariamente, por um novo modelo de gestão de resíduos. Nesse sentido, uma das grandes apostas, no Brasil e no mundo, é a Economia Circular, tema de um grande evento, produzido pela MASTERPLAN, no dia 20 de setembro.
O evento
foi uma realização da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, com parceiros como
a Comlurb e a rede de megacidades C40 Cities
Climate Leadership Group.
Por quê apostar na Economia Circular?
Pesquisas
recentes mostram que 90% da matéria-prima que chega na indústria se transforma
em lixo antes do produto deixar a fábrica, enquanto 80% dos produtos que
consumimos são jogados fora antes de completar seis meses de vida.
A
Economia Circular surge justamente aí, desassociando o crescimento econômico do
consumo de recursos. Uma alternativa para repensar o design, os custos de
produção, o gasto energético e a própria relação dos consumidores, que passam a
ser usuários dos produtos.
Se eu
vou usar um computador por apenas 8 meses, para quê comprá-lo e depois precisar
vendê-lo ou descartá-lo? Ao invés de ser um consumidor, eu passo a ser um
usuário e usar apenas aquilo que eu necessito, com a melhor durabilidade
possível. Do outro lado, o resíduo deixa
de existir quando cada produto é fabricado para que todos os seus componentes
sejam aproveitados em cadeias produtivas definidas.
As
análises mostram que a Economia Circular poderia gerar um salto na economia,
ser uma grande fonte geradora de empregos, além de reduzir os custos de
produção, o que pode ser muito atrativo também para o setor industrial.
Isso,
entre várias outras mudanças que a Economia Circular propõe, não é algo difícil
de ser aplicado. Pelo contrário: as experiências mostram que ela já é uma
realidade crescente e os ganhos econômicos e ambientais valem os investimentos.
As palestras apresentadas no Seminário estão disponíveis para download em: http://www.rio.rj.gov.br/web/smac/residuos-solidos (final da página)